domingo, 12 de dezembro de 2010

Amor. (Créditos)

"Você tem que acreditar em mim.
Não se pode destruir assim
um grande amor."


O amor poderia ser definido como uma bomba de emoções prestes a estourar.
Mentira. O amor não pode ser definido. Muito menos as emoções que nos trasmite. Nos leva do céu ao inferno em questão de segundos. Por mais puro e doce que seja seu amor, uma hora você o suja, você o desgasta, você o maltrata sem perceber. E quando percebe, daquela explosão de sentimentos surge um que eu julgo, pessoalmente, como o mais aterrorizador de todos.
O medo.
O medo de tudo ter sido em vão, e você, insuficiente.
E dessa insuficiência surge o medo da perda.
E aceitar uma perda, por mais relevante que ela seja em sua vida, é altamente difícil.
Voa em seus pensamentos, as palavras não ditas, as coisas não feitas, as incomodações não amenizadas...

"De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho"


A inquietação antes do fim é a pior parte desse processo. As agônias da dúvida, da dor, do sofrimento, da perda, do fim... porque no fundo a gente sabe que tem um fim.
Se está próximo ou não, ainda é um mistério.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

insetos interiores;

Acreditamos que nossos queridos íntimos deveriam manter laços afetivos conosco. Sempre. Amigos, familiares, vizinhos, insignificantes... seja quem for. A partir do momento em que um certo ser desse age de uma forma que você julga indiferente,imprudente, expondo diretamente a sua personalidade, você se surpreende. Procura compreender por quais causas agora esse age assim. Mas o que você não consegue realmente perceber é que estes seres, por mais queridos e ideais que demonstrassem se comportar, quando sentem-se ameaçados, talvez diante de sua personalidade, no mais profundo de seu ego, agem de forma egoísta e estúpida. É natural destes seres a ambição, o egoísmo, a falsidade. Mesmo vista de forma errada, negativa, esses defeitos (ou qualidades) são o que constroem o caráter. É preciso agir errado de vez em quando, pra conhecer quem realmente sómos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

...mano velho.

15:50
Em 10 minutos eu poderia ler um artigo no qual despertaria meu interesse e inovaria minha visão do mundo. Eu poderia escutar uma música que me faria sentir confortável, feliz ou nostalgiada. Eu poderia ir à algum lugar, aproveitaria esse fim de tarde e sentiria alguns raios de sol bater sobre meu corpo e a brisa leve brincar sobre o mesmo; acompanharia o crepúsculo (momento que tanto amo) e correria o risco de sentir o medo que a noite me traz. Poderia começar a estudar (deveria), expandir meus conhecimentos... Aumentaria o meu ego de tanta sabedoria, apesar de não achar uma sabedoria relevante. Mais ainda, poderia organizar tudo em minha mente. Em 10 minutos colocaria meus pensamentos em ordem, todos meus sonhos e objetivos, anularia todos os obstáculos e medos existentes. Melhor, eu poderia nesses 10 minutos fazer algo de benevolente ao mundo. Começaria aos poucos, indo lá fora tentar tirar um sorriso de uma criança, descartaria tudo que fosse desnecessário e prejudicial a natureza. Plantaria uma árvore e assim, com a própria natureza me satisfaria; com o cheiro doce daquela rosa ou só com simples prazer existente em mim ao admirar aquele céu limpo (eu amo as nuvens). Mas não. Nesses 10 minutos só consegui ler algo relacionado a você. Você. Que em tão pouco tempo preenche o pouco tempo que tenho nesse tempo corrido que vivo. Música? Só a(s) nossa(s). Lugares? Só o que nos lembram. Pensamento? Só em você.
Melhorar o mundo eu sei que consigo, só não sei se tão quanto você melhorou ao entrar no meu. E não quero perder um minuto.
E o tempo voa.
16:56

sexta-feira, 2 de abril de 2010

- Ela está apaixonada.

Não houve pressa, nem alvoroço.
Almejei por bastante tempo até não mais me encontrar com o nada, sinto que aqui vai além do que eu espero, meu instinto diz que aqui, talvez, eu encontre minha paz.
É estranho. Surge o medo. A visão plena e natural se esvai e torna-se caótico.
Mas agora é diferente, essa perturbação célere regressa e se preenche em mim uma sensação... sensações, indefinidas. É uma satisfação, um prazer, um agrado, meio que uma dadiva quase alcançada. E a cada vez que se é visível, uma nova sensação surge. E o medo segue aumentando. Essas sensações continuam a mudar constantemente, uma hora certo, uma hora errado, uma hora talvez, uma hora quem sabe nunca. Esse tormento só cede assim que o que incomoda torna-se real. A paz preenche todo e qualquer sentimento. E na verdade eu sinto que encontrei meu lugar. É aqui sim! E não falta muito para me sentir totalmente à vontade, plena e realizada.
Mas eu sinto. E é o que eu sinto de mais verdadeiro nesse momento. Agora vai se preencher, completar e vir a parte que me faltava.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Escuto no silêncio que há em mim e basta.

Me desfaço de ontem em diante de tudo que me atrasa.
Esgotou-se os tempos de dúvidas, quero poder fazer as escolhas certas e lembra-las sem nenhuma amargura. Não quero poder olhar pra trás e dizer: "Putz! Por que eu fiz isso?" e me menosprezar mais. Quero poder seguir em frente e lembrar de tudo que eu fiz com o maior orgulho do mundo, e melhor, sem nenhum arrependimento ou dor. Não quero me olhar no espelho e dizer: "Por que eu deixei isso acontecer?" Quero poder me olhar sem nenhuma culpa e ter a certeza de que tudo que eu fiz não poderia ter sido melhor. Não quero me submeter a viver sem erros, isso seria impossível, claro. Mas quero poder tentar e tentar sempre de uma nova forma da maneira que eu achar correta, quero poder errar, ver meu erro, reconhecê-lo e enterra-lo! Não mais dá murro em ponta de faca. Quero que a vida me favoreça o que ela tiver de melhor, me abra portas que me mudem a direção de tudo que eu poderia esperar, quero expandir meu universo e não ir nunca mais contra o que ele me ofereçe. Quero ser compreensível a tudo aquilo que vai, que acaba, que não me pertençe. Não quero ter apenas um objetivo e sim vários! Quero ser paciente esperando aquilo que tanto desejo, pois um dia aparece. Ou desaparece, de vez.